segunda-feira, 9 de março de 2009

Manifestação de repúdio à Folha de São Paulo - 7 de Março.






Em editorial da edição do dia 17/2/2009, o jornal Folha de São Paulo (pertencente a um dos maiores grupos de comunicação do país, fundado pelo mega-empresário Octávio Frias de Oliveira) deixou claro suas vinculações históricas com a ditadura militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985. Assumindo claramente uma postura reacionária, o texto classifica o regime como tendo sido uma "ditabranda". Depois, em resposta a comentários de leitores, a Folha reiterou sua posição e ainda afirmou que "na comparação com outros regimes instalados na região no período, a ditadura brasileira apresentou níveis baixos de violência política e institucional".

Além disso, os professores Maria Victória Benevides e Fábio Konder Comparato, os quais repudiaram veementemente as colocações revisionistas presentes no editorial, receberam como resposta insultos típicos de textos vulgares da grande mídia burguesa - nesse caso, caluniando-os com a seguinte mensagem: "Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua ‘indignação’ é obviamente cínica e mentirosa".

Diante dessa situação de ataque à memória do povo brasileiro, especialmente àqueles que deram a vida pela defesa dos trabalhadores e da democracia popular em nosso país, professores e intelectuais renomados lançaram um abaixo-assinado em defesa dos colegas. Posterior a isso, houve no último dia 7/3 uma manifestação em frente à sede da Folha de São Paulo, a qual foi convocada pelo MSM (Movimento dos Sem Mídia). A Juventude LibRe marcou presença no ato que contou com mais de 500 manifestantes, dando seu grito de revolta contra o revisionismo da grande mídia burguesa que quer obscurecer todas as atrocidades cometidas durante o regime militar. Nós, da Juventude LibRe, reforçamos a importância de se manter viva a memória daqueles que tombaram em prol de uma sociedade mais justa e igualitária, entendendo que estes verdadeiros heróis devem ser sempre lembrados como vítimas de uma ditadura forjada para se conter violentamente os avanços democráticos da classe trabalhadora brasileira.

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