quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Nota unificada: Derrotar Aécio e seguir na luta pelos direitos da juventude


Há pouco mais de um ano, a juventude brasileira protagonizou intensas e combativas mobilizações de norte a sul do país, denunciando as altas tarifas dos transportes públicos, a repressão aos movimentos sociais, os gastos exorbitantes com a Copa do Mundo e exigindo mais investimentos em saúde e educação.

Esses protestos fazem parte de uma escalada das lutas juvenis em todo o mundo, em decorrência da crise mundial do capitalismo e das medidas tomadas pelos governos para repassar para os trabalhadores e a juventude os custos dessa crise, preservando os lucros dos bancos e das grandes multinacionais. 
Às vésperas das eleições presidenciais no país, e diante dos anseios da juventude brasileira ao acesso a serviços públicos de qualidade, à cultura, emprego e de uma sociedade verdadeiramente democrática e solidária, manifestamos publicamente nosso repúdio a candidatura de Aécio Neves (PSDB) e do projeto das elites e do imperialismo que ele representa.

Eleger Aécio Neves é reeditar a política de completa submissão ao imperialismo norte-americano, com as ordens do FMI e de Washington, que pretende rearticular uma ofensiva contra os povos da América Latina. Eleger o PSDB é dar voz aos setores mais reacionários e conservadores da sociedade brasileira, àqueles que defendem a redução da maioridade penal, criminalizam as lutas sociais, atacam as liberdades individuais com machismo, racismo e homofobia, e mesmo os que defendem a reedição da ditadura militar e são contra a punição aos assassinatos e torturas promovidos por aquele regime.

A onda privatista do PSDB, o maior escândalo de corrupção da história do país que ficou conhecido com a privataria tucana, entregou grande parte do patrimônio nacional ao capital financeiro, promoveu recessão na economia e um profundo arrocho salarial. Sem dúvidas, sua vitória representaria retornar a esse período que só desgraça trouxe à juventude. 

A juventude quer mudança, não quer Aécio!

Sabemos dos limites existentes nos governo do PT, e por isso seguimos almejando as mudanças sociais que o país necessita. No entanto, a defesa do que é velho e retrógrado como discurso de mudança não nos engana. A juventude que luta por mais empregos, não aceitará retroceder e ver a quebra dos direitos conquistados na CLT; aqueles que exigem mais investimentos na educação pública, não esquecem o corte de verbas, o congelamento dos concursos públicos e a não ampliação de vagas nas instituições federais de ensino, vivida no período de FHC; os que querem mais direitos e igualdade de oportunidades, dizem não à repressão, à xenofobia e ao fascismo apontados na campanha do PSDB para a presidência.

Portanto, convocamos a juventude brasileira a derrotar Aécio Neves nessas eleições, e eleger Dilma presidenta, seguindo nas ruas e na luta cobrando do governo as medidas que efetivamente podem melhorar a sua vida e de todo povo brasileiro, com a suspensão do pagamento da dívida pública, socialização dos grandes monopólios, garantia de emprego e salário digno, reforma agrária, estatização do transporte público, reforma urbana, contra qualquer tipo de discriminação e violência, e em defesa de serviços públicos, gratuitos e de qualidade. Só assim poderemos avançar nos direitos da classe trabalhadora e caminhar pela construção do socialismo, único regime capaz de pôr fim à exploração do homem pelo homem.

Brasil, 20 de outubro de 2014

Juventude Comunista Avançando - JCA
Juventude Liberdade e Revolução – LibRe
Juventude Marxista
JSOL
União da Juventude Rebelião - UJR

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Juventude LibRe apóia a Ocupação Saraí em Porto Alegre!



No centro de Porto Alegre, em meio a carros e “homens de negocio” uma construção de 7 andares passa quase despercebida. Junto à suas paredes descascadas Faixas avisam, “Este imóvel não cumpre com a função social da propriedade”.


"O prédio tem uma história atribulada. Construído com recursos públicos pelo Banco Nacional de Habitação, ele era destinado, justamente, à moradia social, onde abrigaria entre 40 e 50 famílias. No entanto, isso nunca aconteceu. Repassado à Caixa Econômica Federal, serviu de escritório até ser esvaziado, há mais de 20 anos. A Caixa então decidiu vendê-lo, e a construção deixou de ser federal para se tornar propriedade particular: no início dos anos 2000, foi vendido por 600 mil reais para a família De Conto, controladora da Risa Empreendimentos Imobiliários LTDA. Ate hoje abandonado, demonstra claramente o interesse de seu proprietário pelo lucro a partir da especulação imobiliária."

Fonte: http://jornaltabare.wordpress.com/




A Saraí tem um histórico, com sua 4° ocupação abriga dezenas de famílias, prestes a serem despejadas por ordem judicial. Sua única esperança, agora, é a desapropriação por abandono do imóvel, documento que precisa ser assinado pelo governador do estado do Rio Grande do Sul.

As frentes de apoio à ocupação Saraí, juntamente com o MNLM, Movimento nacional de luta pela moradia, tem a tarefa, agora, de pressionar o governador para que assine a desapropriação antes do inicio do período eleitoral, na segunda quinzena de junho. Caso contrario, o documento só poderá ser assinado após as eleições, data na qual o despejo já terá acontecido.

A Juventude LibRe se coloca a disposição da Ocupação Saraí e de todos seu moradores para que juntos conquistemos a desapropriação do prédio e o fim da especulação imobiliária.



Fotos: Jornal Tabaré e Defesa Pública da Alegria.

terça-feira, 8 de abril de 2014

II Encontro Nacional da Juventude LibRe: tudo pronto?

Salve galera!

E ae? Todo mundo preparado pro II Encontro Nacional da Juventude LibRe?


Nós já estamos a todo vapor, preparando todos os corres pra receber diversos jovens de vários estados do Brasil, que vão se reunir nos dias 18, 19, 20 e 21/04 na cidade de Cotia, em São Paulo.

E VOCÊ? Vai participar? 
Então vem com a gente e se liga nas informações que você precisa saber.

1) PROGRAMAÇÃO: 
se liga aí nas atividades


Sexta (18/4)
Tarde - a partir de 12h: Recepção + integração entre as delegações
Jantar - 17h/18h
Noite - 18h/22h - Mesa de abertura. Tema: O lugar da juventude nas lutas do povo

Sábado (19/4)
Café da manhã - 8h/9h
Manhã - 9h/12h - Mesa: Movimentos Sociais e Conjuntura Nacional
Almoço - 12h/13h
Tarde - 13h/16h - Mesa: A condição da mulher negra e da periferia
Jantar - 17h/18h
Noite - 19h/22h - Apresentação dos NB's da LibRe

Domingo (20/4)
Café da manhã - 8h/9h
Manhã - 9h/12h - Mesa: Movimento Estudantil e Universidade popular
Almoço - 12h/13h
Tarde - 13h/19h - Grupos de Trabalho (GT’s).
Jantar - 19h/20h
Noite - A partir das 20h - Festa de Confraternização

Segunda (21/4)
Café da manhã - 8h/9h
Manhã - 9h/12h - Plenária final: abertura dos trabalhos, Tese e resoluções tiradas nos GT’s
Almoço - 12h/13h

Tarde - 13h/16h - Finalização da plenária. Eleição da Coordenação Nacional

2) LOCAL
fica esperto com o pico

O Encontro acontecerá na cidade Cotia/SP, na região metropolitana de São Paulo.
Faremos nossas atividades no Colégio Madre Iva, localizado na Rua Nelson Raineri, 700, Lajeado - Cotia/SP (Rodovia Raposo Tavares, km 34,5) - CEP: 06702-155.
Para vir de transporte coletivo, a melhor opção é:
  1. Descer no Metrô Butantã (Butantã – São Paulo-SP)
  2. Ir até o Terminal de ônibus do Butantã (ao lado da estação de metrô)
  3. Pegar o ônibus: 035-Cotia (Mirante da Mata) – tarifa: 4,20.
  4. Descer próximo ao km 34,5 da rodovia Raposo Tavares
  5. Subir até a rua Nelson Raineri, 700 (ao lado da rodovia).
IMPORTANTÃO: Na sexta feira (18/04), estaremos organizando “comboios” para buscar as pessoas que chegarem, nas rodoviárias ou aeroportos, e também nas estações de metrô. Para isso é necessário o preenchimento da ficha de inscrição (anexo) e informar com antecedência à comissão de infraestrutura o horário e local de chegada (aeroporto ou rodoviária). Enviar essas informações para sorglibre@gmail.com

3) ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO
onde a gente vai dormir e comer

O local onde realizaremos o Encontro possui banheiros coletivos, equipados com chuveiros, cozinha, e espaço para nossas atividades. A alimentação e o alojamento serão disponibilizados para todos que vierem ao Encontro. O alojamento será em dois espaços: uma área coberta e um espaço ao ar livre, para montarmos barracas. Portanto, pedimos a todos que puderem que tragam barracas para utilizarmos também esse espaço ao ar livre.

Será cobrada uma taxa de inscrição no valor de R$15 reais, a fim de cobrir os custos da alimentação e o aluguel do espaço que utilizaremos. Nesse valor, já estará incluso a alimentação e o alojamento.

4) O QUE PRECISA TRAZER?
os bagulho pra dormir

- Uma barraca para acampar (se for possível, senão, teremos espaço coberto).
- Saco de dormir/colchão e roupa de cama.
- Roupa de banho.

Qualquer coisa, dá um salve na gente!

Jullyana – (11)94813.1301
Rafael – (11)95215.2966
Vivi - (11)98650.4270
Wesllen – (11)95335.5560
Glauco – (51)9506.4059 / (54)9689.9617
Bruno - (11) 98642.7856

http://juventudelibre.blogspot.com.br/

http://facebook.com/juventude.libre

e-mail: juventudelibre@yahoo.com.br



terça-feira, 4 de março de 2014

[8 de março] Juventude LibRe participa de ato político no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ipixuna (Pará)

Nos próximos dias 07 e 08/03, o núcleo da Juventude LibRe do Pará irá participar de um ato político-cultural no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ipixuna (cidade do interior do estado). O propósito da atividade é discutir o 8 de março, dia internacional da luta das mulheres, e a realidade da mulher trabalhadora.

Segue a programação.

07/03


19h
SARAU CULTURAL
Música, Poesia, Fotos, Textos acerca da Luta das Mulheres.

08/03


08h30
ATO POLÍTICO-CULTURAL
Abertura pelo Presidente do Sindicato e exposição sobre o significado do 08 de Março. Participação: Marcia Batista, Fátima Afonso e Érica Castro.

Exibição do filme “Norma Rae”, um filme sobre a mulher e a luta sindical.

14h30
OFICINA: “Gênero – O que é?

18h 
Encerramento com Música.


Apoio: 
Movimento de Mulheres “Rosa Luxemburgo"
Juventude LibRe - Liberdade e Revolução
Associação Cultural S/E.





segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O dia em que a PM "fatiou" uma manifestação em São Paulo

No último sábado, dia 22 de fevereiro, aconteceu o que era pra ser o 2º Ato contra a Copa do Mundo.

Era pra ser. Mas não foi. 

A Polícia Militar do estado de São Paulo botou um ponto final na manifestação que não chegou a durar nem 1 hora. O raciocínio da PM foi o de acabar rapidamente com o protesto e deter o maior número possível de pessoas. Ao todo, foram 262 detenções, número que não se via desde as Jornadas de Junho. O coronel Celso Luis Pinheiro, comandante do policiamento no centro, disse para a imprensa, neste domingo, 23, que a operação policial foi um "sucesso". Não era pra menos: o número de policiais era incrivelmente superior ao de manifestantes. Para cada duas pessoas, havia três PM’s, segundo dados da própria polícia.

Até aí, nenhuma novidade. Quem está na rua há tempos, travando as lutas sociais do povo, não se surpreende mais com a violência policial desmedida e desproporcional. Há, entretanto, duas coisas novas no bailão da repressão. A primeira, foi a estreia de uma tropa especial de policiais com treinamento em jiu-jitsu e artes marciais. Essa tropa, que não anda com armamento de fogo, está sendo apelidada de “Tropa de Braço”, ou “Tropa Ninja”, e tem como tática atacar e prender individualmente manifestantes identificados como vândalos. Os critérios pra se identificar os tais “vândalos” são totalmente obscuros e aleatórios. Aliás, é preciso dizer: a ação da PM ocorreu antes de qualquer depredação.

Cerco armado pela PM. A ação foi apontada como totalmente irregular por advogados e juristas.

A segunda novidade foi a emboscada que a PM armou pra cima do ato. Na rua Xavier de Toledo, em frente à estação Anhangabaú do Metrô, os policiais “fatiaram” a manifestação, isolando e cercando quem estava na linha de frente. Todos que estavam ali, sem exceção, foram detidos e fichados. No universo das polícias do mundo inteiro, essa tática para prender manifestantes não é nova. Foi usada largamente pela polícia alemã na década de 1980, quando era chamada de “Caldeira de Hamburgo” (Hamburger Kessel). A tática consiste em cercar os manifestantes por quanto tempo for necessário até que possam levá-los detidos. Durante o cerco, os manifestantes são impedidos de comer, beber ou ir ao banheiro. A primeira utilização da "Caldeira de Hamburgo" foi em 1986 num protesto contra a energia nuclear na Alemanha. Hoje essa tática é proibida por lei, e os quatro policiais responsáveis pelo caso de Hamburgo foram condenados por crime de privação de liberdade. A PM de SP está, portanto, atrasada 30 anos em comparação com os alemães.

Violência ontem e hoje. Acima, ação da polícia alemã em 1986, a "Caldeira de Hamburgo", que hoje é proibida por lei na Alemanha. Abaixo, o cerco da PM paulista no ato de sábado.

Advogados e juristas apontam diversas irregularidades na ação policial do dia 22. O procedimento utilizado é totalmente inconstitucional, pois violou o livre direito à manifestação pública, além de outras graves infrações cometidas pela polícia. Após a confusão na Rua Xavier de Toledo, por exemplo, os advogados foram expulsos do cordão de isolamento onde estavam os detidos e não puderam acompanhar a revista. Não há dúvidas de que a PM agiu de forma deliberada para acabar com o protesto quando a passeata chegou na Xavier de Toledo. Igualmente, não há dúvidas de que isso é um sinal de que a repressão irá aumentar muito até a Copa. Manifestantes, ativistas, militantes e líderes de movimentos sociais estão sendo fichados para ficar sob vigilância do Estado e dos órgãos de segurança.

Vídeo feito por um cinegrafista amador que participava do ato, mostra o momento do cerco.
 


Os governantes temem a cada dia mais o surgimento de uma nova onda de protestos, como aconteceu em junho de 2013. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) está fazendo uso político da repressão, levantando a bandeira da “eficiência” da PM paulista na neutralização dos conflitos de rua. Para isso, utiliza-se da suas prerrogativas de governante ao mesmo tempo em que fecha os olhos para as leis e para a constituição federal. A tática dos governos está operando cada vez mais na lógica de forçar os limites da justiça, e ver até onde eles possuem respaldo para reprimir (à revelia dos direitos do povo).