quinta-feira, 26 de março de 2009

Ele até tentou en-direitar...



O presidente do Superior Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, concedeu no dia 24 de março uma entrevista à Sabatina da Folha, em seu teatro no shopping Higienópolis. Ele classificou as últimas e também polêmicas acusações como infundadas e recusou a alcunha de “líder de oposição”, que tanto lhe parece cair bem, pois afirmou em declaração que tem ele “o dever de preservar o Estado de Direito para que não haja excessos”.
Mais adiante, reiterou declaração de que “repassar dinheiro público para que promove invasões é uma ilicitude, sendo responsabilidade do governo”. Parece claro que, ao invés de oposição, prefere ele ser algoz na ofensiva contra os movimentos sociais e defender o patrimônio. Titubeia ao responder sobre como soltou seu amigo e também cultivador de terras Daniel Dantas, e seguiu aplicando a máxima de que, não devemos imputar qualquer defesa aos proprietários a ele, afinal herdou apenas “pequenas quantias de terra” no Mato Grosso.
É com tremenda desfaçatez a maneira como se pronuncia nitidamente em apoio aos interesses da elite brasileira, que conta também no senado com o oligarca José Sarney. Assim, o futuro candidato Serra terá, com toda certeza, o apoio do excelentíssimo presidente do STF nas próximas eleições.
De outro lado a Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra respondeu que dar prioridade aos conflitos agrários é importante e que se faça justiça nos casos de chacina e massacre, como em Eldorado dos Carajás, Corumbiára, etc.
A CPT que antes já havia se pronunciado, falou em nome daqueles que lutam pela terra e indagou porquê ministro não realiza a mesma cobrança em relação ao repasse de vultuosos recursos ao agronegócio.
O texto termina com um trecho do evangelho no livro Mateus e com a prece: “Que o Deus de Justiça ilumine nosso País e o livre de juízes como Gilmar Mendes!”.

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