sábado, 17 de outubro de 2009

RS: Estado fica de fora do Programa Nacional de Formação de Professores

Foto do XXI Encontro Estadual de Educação realizado pelo Sindicato dos Professores da Rede Estadual (CPERS)

Porto Alegre – Os professores do Rio Grande do Sul ficaram de fora do Plano Nacional de Formação de Professores em 2009. A informação foi divulgada pelo Ministério da Educação. O plano prevê um regime de colaboração entre União, estados e municípios, para a elaboração de um plano estratégico de formação inicial para os professores que atuam nas escolas públicas.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Professores da Rede Estadual (CPERS), Rejane de Oliveira, o governo do estado não está respeitando as reivindicações da categoria de formação continuada. Rejane afirma que mesmo o estado tendo a maioria dos professores com Ensino Superior, o compromisso com um projeto político-pedagógico é muito importante para qualificar ainda mais a educação.

“Agora, obviamente, que se o governo estadual não estiver comprometido com o projeto político-pedagógico e com uma formação que esteja atualizada e com capacidade de que a escola pública cumpra com o seu papel social - e nós acreditamos que este governo não tem essa compreensão do papel social que a escola tem que cumprir - nós achamos que, de fato, tem um prejuízo para a educação do Rio Grande do Sul”, analisa.

A diretora do Departamento Pedagógico da Secretaria da Educação, Sonia Dalzano, afirma que o estado não se inscreveu em 2009, pois os prazos dados pelo Ministério da Educação eram muito curtos.

Além disso, ela ressalta que as disciplinas oferecidas pelo MEC não contemplavam as necessidades do estado. Sonia afirma, entretanto, que para 2010, a secretaria já formalizou o projeto e deve assinar o convênio com o MEC nos próximos dias. Para Sônia, não houve prejuízo para os professores.

“Então são várias situações que demandam tempo e isso, como abriu em 2009, com prazos curtos, o Rio Grande do Sul, e mais 14 estados, não conseguiram fechar levantamento de necessidades e levantamento de vagas que pudessem contemplar as necessidades. Prejuízo para os professores eu diria que não, o maior prejuízo, muitas vezes, pode ser para o próprio poder público que fica ainda por um tempo com professores em a formação devida,” explica.

O Plano de Formação de Professores do Ensino Básico foi lançado em junho deste ano. A meta é formar, nos próximos cinco anos, 330 mil professores da Educação Básica que atuam na Rede Pública de Ensino.
Publicado originalmente em www.agenciachasque.com.br

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