
Em relação aos conflitos decorrentes da luta pela terra, por exemplo, só no ano de 2008, 28 trabalhadores foram assassinados. O número de conflitos agrários no ano foi de 1.170.
Maria Luiza relatou que este ano, a atual crise econômica mundial é um fator novo que fez com que o capitalismo se apropriasse mais dos recursos naturais, fato que prejudica as populações que vivem próximas aos locais que contém grandes recursos, como a Amazônia.
“A crise fez com que o capitalismo, para se reciclar, avançasse de forma mais violenta sobre recursos estratégicos. Tanto os tradicionais, como os chamados alternativos – terra, água e biodiversidade. E essas comunidades que lutam pelos seus direitos, e que estão nesses territórios, têm um desafio maior, e isso faz mudar a luta e a resistência dos movimentos sociais. Esse é um fator novo e preocupante.”
O documento também registrou o aumento do trabalho escravo. Somente no primeiro semestre deste ano, mais de duas mil pessoas foram libertas de condições análogas à escravidão.
Problemas de acesso à água, desigualdade educacional, péssimas condições dos presídios brasileiros, dificuldades enfrentadas pelos quilombolas e situação dos migrantes também foram abordados pelo documento.
De São Paulo, da Radioagência NP
Nenhum comentário:
Postar um comentário