Nesta última segunda-feira (14/05) ocorreram diversas manifestações
de esculachos (ou escrachos) em vários estados aos torturadores da ditadura
militar no Brasil, onde a intenção é mobilizar o conjunto da sociedade pela
atuação em prol da justa memória dos lutadores e lutadoras, no obscuro período
de 1964 a 1985.
A juventude tem protagonizado e ido às ruas protestar
contra a impunidade aos atores diretos e indiretos da época, que vão desde
torturadores já identificados até grupos empresariais que apoiaram e seguem subsidiando
a manutenção de uma cortina de fumaça sobre a realidade.
Movimentos sociais, coletivos, partidos e indivíduos tem
se mostrado ativos na cobrança e no andamento dos processos da Comissão Nacional
da Verdade com muitos atos, que surgiram com o chamado e organização do Levante
Popular da Juventude.
Além deles, já confirmaram presença – com a participação no
ato de São Paulo – o Partido Comunista Brasileiro (PCB), Partido Socialismo e
Liberdade (PSOL), jornal A Nova Democracia e a Juventude LibRe.
Alvo em SP: Maurício Lopes Lima, torturador de Dilma e
tantos outros
Na cidade do Guarujá, litoral paulista, reside o
tenente-coronel reformado Maurício, reconhecido pela presidenta Dilma Roussef
como um de seus torturadores enquanto ele atuava na Operação Bandeirante
(OBAN).
Na manhã do dia 14/05
cerca de 100 pessoas, dentre elas jovens ativistas e militantes da época,
realizaram o protesto contra esse sujeito, mais um que mancha a história de
luta e resistência do povo brasileiro. O ato seguiu pacífico do início ao fim. Contou
com uma passeata, foram feitas falas em jogral e encenações de algumas práticas
dos agentes de repressão, como choque elétrico, pau-de-arara e afogamento.