segunda-feira, 21 de março de 2016

Povo vai às ruas em defesa da democracia

Protesto na Av. Paulista, em São Paulo, reuniu uma multidão contra o golpe

No último dia 18 de março, a população deu uma importante demonstração de sua força contra o golpismo e em defesa das liberdades e dos direitos direitos democráticos. Milhares de pessoas foram às ruas de todo o país em protesto para barrar as tentativas de golpe, promovidas pela direita radical.

A Juventude Liberdade e Revolução - LibRe soma-se às iniciativas populares amplas e unitárias que visem barrar o movimento golpista, contra o impeachment respeitando o voto popular, contra a criminalização dos movimentos populares e partidos políticos. 

Somos contra o ajuste fiscal, a reforma da previdência e os demais ataques aos direitos dos trabalhadores.


Povo repudia a Rede Globo, abertamente apoiadora do golpismo

quarta-feira, 16 de março de 2016

Contra o golpe, em defesa da democracia - Todos aos atos do dia 18/3!

Nota da Juventude Liberdade e Revolução – LibRe 

Diante do agravamento da crise política e institucional por que passa o Brasil, a Juventude LibRe vem se manifestar em defesa da democracia e contra qualquer mobilização golpista, denominada pelo eufemismo jurídico “impeachment”.
O arranjo político que sustentou o ciclo de poder do último período, encabeçado pela coalização PT e PMDB, e que buscou promover uma conciliação feita por cima entre a burguesia e a força de trabalho, esgotou-se em razão da crise econômica e do acúmulo de poder dos setores conservadores, não só no Brasil, mas em toda América Latina. Tais setores espreitam a oportunidade de um novo arranjo político que possa aprofundar a acumulação de capital e a espoliação da classe trabalhadora, expressa na agenda conservadora em pauta no Congresso, que passa por transferir a demarcação de terras indígenas do Executivo ao Legislativo, aprovar terceirização como atividade-fim, a abertura do pré-sal às multinacionais, etc.
A crise do capitalismo atingiu o epicentro do sistema nos últimos anos. O bloco composto por EUA e União Européia passou por um aprofundamento da onda depressiva, com baixos patamares de crescimento e altos índices de desemprego, protestos e convulsões sociais.
Por essas razões, compreendemos que há um movimento capitaneado por forças conservadoras e associadas ao capital transnacional internamente que, apoiado na insatisfação popular e na atuação partidarizada do poder Judiciário, pretende reverter o resultado das urnas e atropelar o processo democrático no Brasil. Não temos dúvida: o movimento pró-impeachment é uma articulação de direita que deve ser visto e denunciado como golpe.
Sabemos que o governo Dilma, especialmente nesse princípio de segundo mandato, pressionado pelo Congresso conservador, assumiu uma agenda política anti-povo, manifesta no ajuste fiscal e agenda Brasil que pesou sobre os ombros da classe trabalhadora. Nesse sentido, a frustração e o ressentimento dos que a elegeram é justificada. Entretanto, entendemos que o que está em jogo é a substituição desse governo de conciliação pelos representantes mais diretos das elites brasileiras, cujo principal propósito é limpar o caminho para a aprovação das medidas de retrocesso que esperam votação na Câmara e no Senado.
Tal avalanche conservadora e neoliberal já conquistou vitórias na Argentina, com a eleição de Maurício Macri, na Bolívia, com a derrota do plebiscito para reeleição de Evo Morales, e na Venezuela, com a eleição de um Parlamento de oposição a Maduro. No Brasil, porém, derrotada nas eleições de 2014, apesar de conquistar terreno na Câmara, revela seu caráter golpista ao embarcar na defesa da interrupção do mandado constitucional de Dilma. O que está em questão, portanto, no Brasil, é ainda mais importante do que o conteúdo progressista ou conservador de um governo. Um processo de impeachment sem fundamentação jurídica, propostas de parlamentarismo – já derrotadas em plebiscito popular duas vezes em nossa história – e o crescimento de apelos por ‘intervenção militar’, desempenham um papel deletério para nossa democracia, conquistada à custa de muita luta pelo povo brasileiro.
Não estamos aqui apenas para um expressar posicionamento, e sim para afirmar que a juventude estudantil e trabalhadora desse país não irá assistir passivamente a uma nova ruptura democrática, nem que “desarmada” e, aparentemente, “constitucional”. Não vamos permitir retrocessos em direitos.
No próximo dia 18 de março vão ocorrer manifestações por todo o país contra o golpe em defesa da democracia e dos direitos. Convocamos todos a somarem forças neste momento.

Confira alguns locais:
São Paulo (SP) – MASP, a partir das 16h
Rio de Janeiro RJ) – Praça XV, a partir das 16h
Porto Alegre (RS) – Esquina Democrática, a partir das 17h
Salvador (BA) – Campo Grande, a partir das 15h
Belém (PA) – Praça da República, a partir das 17h
Belo Horizonte (MG) – Praça Afonso Arinos, a partir das 16h
Fortaleza (CE) - Praça da Bandeira, a partir das 14h
Brasília (DF) - Ato no museu da república, a partir das 18h
Curitiba (PR) - Praça Santos Andrade, a partir das 18h
Recife (PE) – Praça Derby, a partir das 15h


A lista completa está disponível no site da Frente Brasil Popular

Não vai ter golpe!